Análise: Francisco Fala a Verdade para as Autoridades na ONU, Condena o “Colonialismo Ideológico”
NOVA IORQUE, EUA, 2 de outubro (C-Fam) Muitos ativistas pró-vida ficaram assombrados que o Papa Francisco não tivesse defendido com mais firmeza os direitos da criança em gestação enquanto ele estava nos Estados Unidos. Embora ele tivesse feito isso em muitas ocasiões passadas, havia muita esperança de que ele faria isso na terra em que o aborto é legal em todos os meses da gravidez.
Embora Francisco não mencionasse a criança em gestação na ONU numa lista de questões que ele ama, ele não expressou a palavra aborto. Mesmo assim, os ativistas pró-vida que trabalham na arena da ONU ficaram muito contentes com a fala dele na Assembleia Geral uma semana atrás na manhã de sexta-feira.
Ele mencionou o bebê em gestação como merecedor de proteção, certamente, mas também condenou a “comercialização de órgãos e tecidos humanos.” Muitos interpretaram isso como uma referência direta aos vídeos horrendos produzidos pelo Centro de Progresso Médico. O resultado é que o papa usou linguagem semelhante no passado quando ele falou sobre ver crianças pobres na Argentina com cicatrizes longas nas costas de onde seus órgãos haviam sido removidos e provavelmente vendidos por suas famílias.
Muito embora ele tivesse mencionado tais abusos no passado, há pouca dúvida de que o papa sabe acerca dos vídeos e que ele os tinha em mente também quando ele condenou a venda de órgãos humanos.
O papa também usou uma frase que ele usou antes, mais recentemente em sua encíclica Laudato Si; a frase “colonialismo ideológico.” Há pouca dúvida do que isso significa. É um alarme que tem sido dado pelos bispos africanos e grupos pró-vida na ONU já por vinte anos.
“Colonialismo ideológico” é o que ocorre quando agências da ONU, países poderosos, inclusive os Estados Unidos, junto com fundações ricas e grupos de pressão política tentam usar seu dinheiro, poder e influência para impor a revolução sexual em povos tradicionais. É exatamente por isso que o Papa João Paulo II criou o movimento pró-vida na ONU antes da conferência do Cairo em 1994. Isso inspirou a criação de uma organização que trabalha exclusivamente em questões da ONU (C-Fam) bem como numerosos grupos e pessoas pró-vida para focar em questões da ONU.
Ativistas pró-vida que trabalham no contexto da ONU ficaram emocionados que Francisco usou esse termo e o usou na própria ONU porque a ONU é uma das principais fontes desse tipo de colonialismo, o que os ativistas pró-vida na ONU também chamavam de “colonialismo sexual.” É o que você vê toda vez que um documento da ONU é negociado e a frase “direitos reprodutivos” é usada ou o conceito de “educação sexual abrangente.”
Há conceitos da revolução sexual que prejudicaram muito as sociedades no Norte e no Ocidente, principalmente os Estados Unidos e vários países na Europa. Esses são os conceitos que levaram à morte de milhões de pessoas e a desintegração generalizada da família e a subjugação até das crianças mais novas a várias ideologias sexuais, inclusive “gênero” e LGBT.
Os ativistas pró-vida na ONU ficaram pasmos que Francisco mencionasse esse conceito no próprio edifício em que boa parte dessa ideologia foi chocada e é há muito tempo promovida. Embora ele começasse seu dia se reunindo com funcionários da ONU para incentivá-los em seu trabalho, ele deixou claro no Salão da Assembleia Geral poucos minutos depois que nem todo trabalho deles recebe a aprovação dele.
Tradução: Julio Severo
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