Anistia Demite e ONU Contrata Ativista Polêmica
NOVA YORK, 05 de fevereiro (C-Fam) Uma funcionária que deixou a Anistia Internacional em meio a escândalos foi nomeada para a segunda posição mais alta no escritório de direitos humanos da ONU.
Kate Gilmore levou a Anistia a defender o aborto, uma medida onerosa para a organização de direitos humanos já que uma multidão de membros renunciaram em protesto. Mais tarde ela foi demitida, colocando a organização em uma confusão por um pagamento “seriamente excessivo” de mais de US$ 616.000 para que ela saísse. O presidente da Anistia disse que o monto era a “opção menos pior” para conseguir que ela saísse.
A mudança da Anistia em 2006, que deixou de ser neutra a passar a apoiar o aborto, incluindo casos de abortos com nascimento parcial, aconteceu sem uma prévia consulta de seus membros. Gilmore foi Secretária-Geral Adjunta Executiva e a responsável pelas “principais inovações na política de direitos humanos.”
“Muitos daqueles que apoiam a AI podem estar alienados não somente pela conteúdo da política proposta, mas também pela maneira fechada, na qual a nova política está sendo debatida”, escreveu Richard Stith, professor de direito, em uma carta aberta aos então membros da Anistia.
“Este direito poderia beneficiar elites poderosas, mas prejudicaria muitas das nossas irmãs mais vulneráveis que vivem em países em desenvolvimento”, escreveu Stith. “Isto abriria um conflito com o direito humano de reconhecer a vida dos nascituros, e até mesmo com a própria fundação da Anistia em direitos humanos universais.”
Gilmore deixou a Anistia em 2009. Dois anos depois, o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) a contratou como Vice-Diretora Executiva, onde ela organizou ativistas para que pressionassem os países a expandirem o aborto e os direitos sexuais.
Ela definia o UNFPA como “normas internacionais daninhas para a saúde sexual e reprodutiva.” Uma “pessoa resistente,” definiu Gilmore em um discurso para as moradores das Ilhas do Pacífico em dificuldades “mantém sua integridade física e mental através do cumprimento da sua saúde e dos seus direitos sexuais reprodutivos.”
Diplomatas se queixaram de que o UNFPA perseguiu países a liberarem leis sobre questões como a prostituição. Quando uma diplomata explicou que seu país não poderia aceitar as exigências do UNFPA’s , Gilmore a interrompeu. Outro diplomata pediu um diálogo entre alguns países e o UNFPA. Gilmore não concordou em reunir-se.
Delegações africanas observaram uma pressão sem precedentes do UNFPA aos seus governos, especialmente em relação a uma educação sexual extremamente abrangente, que promove a atividade sexual para crianças a partir dos cinco anos.
No mês passado Gilmore lamentou que as pesquisas que perguntam às pessoas sobre o uso de contraceptivos não incluam crianças maiores de dez anos. Ela culpou os pais, definindo os direitos dos pais como uma “quimera” ou monstro imaginário. Os direitos dos pais são universalmente reconhecidos como direitos humanos e sustentados nos tratados da ONU.
No mesmo mês, o Secretário Geral da ONU, Ban Ki-Moon nomeou Gilmore como Vice-Alta Comissária para os Direitos Humanos.
Gilmore entra ao escritório envolvida em um escândalo no qual é acusada de omissão e encobrimento de investigações de crimes sexuais contra crianças, ao mesmo tempo que prioriza a defesa dos direitos sexuais. Ela substitui Flavia Pansieri, que renunciou ao cargo em meio a críticas por não agir sobre as acusações de que forças de paz francesas abusam sexualmente de meninos de 9 anos de idade na República Centro-Africana. Pansieri estava distraída por questões de orçamento, disse ela.
Apesar das queixas de falta de financiamento para levar adiante trabalhos em favor dos direitos humanos, a sede do escritório, em Genebra, lançou uma campanha de publicidade para os direitos homossexuais e transgêneros com vídeos musicais, e relatórios com o objetivo a envergonhar países com visões convencionais de homens e mulheres.
Uma líder queniana religiosa observou, “Aquelas pessoas que já arruinaram suas sociedades . . . Não podemos deixar que elas se tornem nossos professores “.
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