Bispos Condenam o Embaixador dos EUA na República Dominicana

By Austin Ruse | March 29, 2016

WASHINGTON, D.C. (25 de março (C-Fam) Os bispos católicos da República Dominicana reagiram fortemente ao movimento dos EUA sobre questões homossexuais. A carta divulgada na semana passada condenou as ações do ativista homossexual que é o embaixador dos EUA na República Dominicana.

Além de ser o embaixador dos EUA em um país de maioria católica, James “Wally” Brewster é um financiador do Partido Democrata e um ativista homossexual ligado a campanha anticristã chamada Human Rights Campaign.

A carta dos Bispos fala sobre “a preocupação profunda e os distúrbios causados em uma parte considerável da sociedade – e também em nós mesmos – devido ao comportamento do embaixador dos Estados Unidos, James Brewster, desde que ele chegou à nossa terra”.

Eles cobram Brewster dizendo “… nossos filhos em escolas públicas e privadas, em eventos esportivos e em outras atividades de jovens e crianças, veem o Sr. Bob Satawake como seu marido. Isto tem criado um profundo sentimento de mal-estar entre os pais, que têm o direito de decidir como querem educar os seus filhos, e que sentem que uma visita como esta causa uma interferência nos valores que querem transmitir aos seus filhos; e que são valores contrários a isto”.

Os bispos afirmam, ainda, que Brewster excedeu sua autoridade ao se intrometer em assuntos sociais internos da República Dominicana “violando tanto a Constituição da República Dominicana quanto a Convenção de Viena sobre as Relações Diplomáticas …”

Brewster tem uma justificativa clara para o seu comportamento, já que o governo de Obama fez da agenda homossexual e transsexual uma parte central de sua política externa. Em um recente discurso antes da campanha anticristã chamada Human Rights Campaign, a embaixadora dos EUA na ONU Samantha Powers disse que a agenda LGBT tem sido “trabalhada no DNA da política externa americana.” Isto resultou, por exemplo, em festas homossexuais sendo realizadas em Embaixadas dos EUA em países muçulmanos, em voos com a bandeira LGBT sobre Embaixadas americanas, e a intromissão direta dos Embaixadores dos EUA em assuntos internacionais de países estrangeiros. Os EUA chegaram até mesmo a cancelar exercícios militares vitais com um aliado africano porque não se tratava de um governo gay friendly.

Os Bispos estão particularmente indignados com o fato da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional ter oferecido dinheiro para candidatos de cargos políticos que lutam pelos direitos homossexuais. “A oferta de dinheiro para financiar candidatos dispostos a avançar a agenda homossexual é uma violação à soberania nacional e às leis eleitorais, e é uma grave chantagem à política nacional”, segundo os Bispos.

Os Bispos insistem que a queixa não é contra a pessoa de Brewster ou contra seu parceiro, a quem eles respeitam, e tampouco é contra a atração que eles possuem pelo mesmo sexo. “O que rejeitamos é abuso de poder evidente em sua maneira de agir,  algo que vai além dos seus poderes como embaixador, e, como já dissemos antes, viola as leis nacionais do país e as leis diplomáticas internacionais.

A carta vem em um momento no qual a questão homossexual esquenta nas Nações Unidas. Alguns sinais apontam que a “orientação sexual e a identidade de gênero” serão assuntos colocados em documentos da ONU e elevados a uma categoria de não discriminação no direito internacional, ao lado de leis que defendem a liberdade de religião e de expressão. Até agora, a Assembleia Geral negou tais alegações, e a maioria dos países veem com preocupação as reivindicações feitas pelos defensores dos homossexuais.