Conferência Marcante da ONU Promove um “Mundo Family-Friendly”

By Wendy Wright | May 22, 2016

NOVA YORK, 20 de maio (C-Fam) “Estamos aqui reunidos para celebrar a família”, disse Afaf Konja, a ex-porta-voz da ONU, e a mais nova entre oito filhos. Em seguida, falou sobre sua experiência pessoal.

“Foi minha mãe quem me ensinou o amor incondicional, a compaixão, o perdão e a espiritualidade. Foi através dela que fui apresentada à profunda presença de Deus na minha vida. Foi meu pai quem me deu a coragem de viver com o coração aberto enquanto eu observava as decisões que ele fez” e completou dizendo que “no entanto, a família não tem recebido a atenção que ela merece”.

Konja foi moderadora de um evento que durou metade de um dia na ONU sobre a “União das Nações por um Mundo Family Friendly“,apresentado por dezenas de países e grupos.

Os países estão trabalhando juntos como Group of Friends of the Family (ou Grupo de Amigos da Família).

Valentin Rybakov, vice-ministro de Relações Exteriores da Bielorrússia, apresentou a declaração do Grupo que assinala que a forma como a família alimenta as pessoas é “fundamental na transmissão de valores na sociedade e que eles são vitais” para o desenvolvimento.

A família “estabelece um ambiente protetor contra ameaças externas e dá esperança para o futuro de todos os seus membros”, disse Rybakov.

Líderes religiosos deram início ao primeiro painel.

Photo-Exibition-web“Deus colocou o Adão no paraíso”, mas ele não desfrutou o paraíso até que ele conseguiu uma esposa, disse Imam Ali Shamsi, pai de seis filhos. E completou dizendo que o “início da busca pela felicidade é em casa.”

“Repouso, paz e tranquilidade devem começar em casa. A casa deve ser nosso próprio paraíso neste planeta. A primeira escola de um ser humano é a sua casa”.

“Ser livre não significa destruir a família”, disse Imam Ali.

“Os títulos que mais significam para nós são o de marido, pai, esposa, mãe, porque o casamento e a família são profundamente sagrados”, disse o Pastor Jim Garlow da Igreja Skyline em San Diego.

O Bispo John O’Hara comparou os desafios de hoje com aqueles que existiam na fundação da ONU.

Antes da Segunda Guerra Mundial, o Cardeal Suhard viu “o mundo caindo aos pedaços e o totalitarismo em ascensão” e desafiou as pessoas a assumirem a “responsabilidade de trazer a ordem a partir do caos”, disse Bispo O’Hara.

Após a Segunda Guerra Mundial “em um mundo onde os indivíduos foram deixados de lado e família destruída”, o mural do Conselho de Segurança da ONU foi criado “mostrando que a verdadeira restauração da sociedade vem através da família.”

C-Fam Staff sitting outside the United Nations (from left: Austin Ruse, Marianna Orlandi, Lisa Correnti, Stefano Gennarini, Rebecca Oas, and Catherine Birri).

C-Fam: Austin Ruse, Marianna Orlandi, Lisa Correnti, Stefano Gennarini, Rebecca Oas, e Catherine Birri

“A família é central nas diversas tradições religiosas. Sem ela, perdemos o caráter sagrado de cada pessoa e perdemos a nossa identidade “, disse o Bispo O’Hara. E agregou que “a paz duradoura e a verdadeira harmonia são construídas através da família.

Isto “soa para nós hoje como um desafio; a santidade da família, entre marido e mulher, está ameaçada, redefinida e distorcida e precisamos pôr ordem no caos. Caso contrário, vamos estar construindo nossa sociedade em cima de algo que não é sólido”.

Annie Franklin da Family Watch International também chamou a atenção para o mural do Conselho de Segurança, apresentando especialistas. O mural mostra que a “família é a fênix que regenera a sociedade a partir de dentro.”

“A base da família é o casamento”, disse o estudioso Sherif Girgis. “O casamento existe em todas as culturas antigas. Homem e mulher se unem para ser marido e esposa, para serem pai e mãe.

“O casamento une os filhos aos pais, e dá a eles a oportunidade de serem criados pelo homem e a mulher que os trouxeram para a vida. O casamento dá às crianças a chance de acordar sob o mesmo teto que o homem e a mulher que lhes trouxeram ao mundo”, disse Girgis. O casamento dá saúde e educação, e todas as coisas necessárias para a sociedade.

“Mudar a visão do casamento prejudica todos os aspectos do bem comum que o casamento possui”, avisou.

“Se a família é digna de comemoração, as leis e as políticas que a protegem também são”, disse Susan Yoshihara do C-Fam. Apesar das diferenças políticas “todos podemos concordar que os direitos fundamentais devem ser protegidos.”

“O homem e a mulher são igualmente importantes para a família, e o Estado deve proteger os direitos dos pais”, disse Susan Yoshihara. “A natureza inerente a família é poderosa e frágil, e precisa ser cuidada.”

A mudança na lei do casamento tem “encerrado o diálogo, e nos colocado em guerra. Coloca o professor contra o pai, e obriga as crianças a tomarem um partido. Parece que se trata de ganhar, mesmo quando quem perde é a criança” disse ela.

“Nós não fomos feitos para o confinamento solitário”, disse a professora Helen Alvare. A harmonia dinâmica da família e o desejo do bem do outro, não podem ser fabricados ou legislados. É prejudicial tratar as pessoas como um corpo ou um objeto sexual. Nenhuma outra instituição se preocupa tanto com as pessoas quanto a família, disse ela.

O professor David Crawford relacionou identidade com família, e definiu a família como um amortecedor contra o totalitarismo. Alguns dizem que os direitos comunitários e individuais estão em tensão, observou ele. “Mas nós somos seres comuns, e a família é a comunidade natural.” Alguns estados é que estão reduzindo as alas da família, contra os homens e as mulheres.

Embaixadores, em seguida, se revezaram descrevendo a visão de seus países sobre a família. Os países em desenvolvimento como Paquistão, Quirguistão, Malásia, Sudão, Irã e Tadjiquistão destacaram o papel “especial” da família, e disseram que a ONU deve promover o respeito em torno disto.

A Rússia encorajou os países a monitorar funcionários e agências das Nações Unidas para que não invadam os direitos da família, e advertiu que as agências em Genebra (a sede de direitos humanos, ajuda humanitária e refugiados) necessita uma observação especial.

Austin Ruse do C-Fam destacou os países na sala que apresentaram ações nas negociações passadas da ONU, buscando proteger a família da revolução sexual. Ele também anunciou uma nova coalizão, a Civil Society for the Family (ou Sociedade Civil para a Família), para incentivar os países a que defendam a família.

“É uma honra estar entre pessoas corajosas que estão fortes e lutando pelas coisas que nos unem, ou seja, a família natural”, disse ele.