Dados da ONU Apoiam Papa sobre Aborto e Contracepção, Alarmistas do Clima Desapontados

By Stefano Gennarini, J.D. | October 18, 2015

NOVA IORQUE, EUA, 16 outubro (C-Fam) A divisão de população da ONU concorda com o Papa Francisco. Mais contracepção não deterá a mudança climática.

O aborto e a contracepção precisam ser amplamente disponíveis para impedir um Armagedon de mudança climática de acordo com alguns cientistas. Mas essas opiniões não estão ganhando tração na sede da ONU, e foram rejeitadas em Laudato Si, a encíclica muito divulgada do Papa Francisco sobre “cuidado de nossa lar comum,” em que ele endossou a teoria do aquecimento global antropogênico.

O controle populacional não está na agenda para uma conferência de clima mundial da ONU em Paris neste dezembro e a obra recente da divisão de população da ONU mina todos os argumentos para mudar isso.

Embora alguns cientistas estejam gratos pelo fato de que o Papa Francisco aprovou totalmente a teoria de mudança climática, outros não querem que ele tenha a “palavra final” sobre como lidar com essa questão.

É desse jeito que um editorial na edição mais recente da revisa científica Nature Climate Change explica isso, antes de introduzir uma série de artigos criticando a encíclica, inclusive um escrito pelo célebre alarmista ambiental Paul Ehrlich reprovando o Papa Francisco por sustentar o ensino da Igreja contra o aborto e a contracepção em Laudato Si.

Ehrlich disse ao jornal Guardian que o fato de que o Papa Francisco excluiu o controle populacional de seu enforque do meio-ambiente foi “absurdo doido,” e ele estava “completamente equivocado.”

“Tenho certeza de que ele sabe muito sobre isso, ele não é burro,” ele disse.

Na encíclica o Papa Francisco denuncia organizações internacionais que condicionam a assistência na implementação de “políticas de saúde reprodutiva.” “Culpando o crescimento demográfico” em vez dos modelos de consumo e produção é um jeito de “não confrontar os problemas reais” que os pobres enfrentam, escreveu ele.

Ehrlich responde que não dá para se encontrar soluções para a pobreza sem também olhar para a “reprodução.”

“O Papa Francisco precisa prestar atenção em seus próprios comentários sobre a ‘obsessão’ da igreja para com a contracepção e aborto, e assumir uma posição de liderança em apoio dos direitos das mulheres e do planejamento familiar,” ele escreve, alertando, em seu estilo famoso, quanto às fomes iminentes e catástrofes devido ao crescimento populacional.

Ehrlich confessou numa entrevista ao jornal New York Times no começo deste ano que predições horrendas semelhantes que ele fez na década de 1960 não se concretizaram. Ele usou exageros para instigar as “pessoas a fazer algo.”

“A ideia de que todas as mulheres deveriam ter tantos bebês quanto quiserem é para mim exatamente o mesmo tipo de ideia de que todos devem ter permissão de jogar tanto de seu lixo no quintal de seu vizinho quanto quiserem,” disse Ehrlich.

As opiniões de Ehrlich sobre mudança climática são contestadas de modo categórico pela obra mais recente sobre população e meio-ambiente da divisão de população da ONU.

A análise deles mostra que o aborto e a contracepção terão pouco impacto nas emissões de carbono em comparação com mudanças na produção e consumo, e políticas ambientais sãs.

Num informe oficial à imprensa neste ano explicando essas descobertas, John Wilmoth, que preside a divisão de população da ONU, repreendeu o movimento de mudança climática por ser alarmista demais.

Wilmoth explicou que há “relativamente pouca incerteza” nas projeções populacionais sobre o próximo século, mas há “completa incerteza” quanto às emissões de carbono em sua relação com a população.

Essa incerteza sobre as emissões de carbono do futuro é devido aos modelos de consumo e conduta humana que variam muito mais do que modelos de fertilidade, Wilmoth disse aos delegados. Relatórios recentes da divisão de população da ONU ilustram que essa mesma imprevisibilidade pode ser vista entre países em décadas recentes.

A Igreja Católica tem sido líder mundial na denúncia de ideologias desumanas e humilhantes por trás do controle populacional. Alguns poderão dizer que a ONU finalmente está alcançando a Igreja Católica.

Tradução: Julio Severo