Editorial: Mundo Atento a um Imposto Global da ONU

By Austin Ruse | January 23, 2016

WASHINGTON DC, 22 de janeiro (C-Fam) Susan Yoshihara de C-Fam informa que hoje  um grupo oficial da ONU emitiu seu relatório final e parte de suas propostas incluem um imposto global que seria um fluxo de receitas independente para agências e burocratas da ONU. Poucas propostas da ONU são mais perigosas do que esta.

A ONU tem sido financiada por contribuições voluntárias dos Estados-Membros desde sua fundação. Isto tem garantido, ao menos, algum tipo de controle por parte dos Estados-Membros. Os países doadores tiveram a liberdade de retirar o seu financiamento, como os EUA fizeram durante vários anos por causa do escândalo do Petróleo-por-Comida. Retendo esta contribuição substancial o país causou problemas reais para a burocracia da ONU.

Certamente as agências da ONU e os burocratas querem manter as contribuições voluntárias dos Estados-Membros, mas eles tem há muito tempo sede de ter seu próprio dinheiro e a não prestar contas a ninguém que não sejam eles mesmos .

O grande perigo é que se o Secretariado das Nações Unidas e as agências tiverem sua própria fonte independente de receitas, eles serão totalmente livres para ser tão radicais quando quiserem. A desconexão entre a Assembléia Geral e as agências e a burocracia já existe há muito tempo. A Assembléia Geral irá escolher uma pergunta e a burocracia vai ignorar isto e fazer o que quiser.

A Assembléia Geral, por exemplo, define “gênero” duas vezes, na Beijing Platform for Action (Plataforma de Beijin para ação) e no Rome Statute (Estatuto de Roma) estabelecendo o International Criminal Court (Tribunal Penal Internacional), e ambos os critérios tem sido aceitos para as delegações tradicionais. No entanto, a burocracia continua definindo gênero como uma construção social e tem aceito a noção de transgeneridade que a Assembléia Geral tem reiteradamente rejeitado.

Ter uma fonte independente de receitas de grandes instituições financeiras, mas também de pessoas comuns só aumentará está divisão entre os Estados-Membros, que tendem a ser conservadores, e a burocracia que tende a ser radical.

O painel que fez a recomendação diz que é para a assistência humanitária. Tenha em mente que a ajuda humanitária tornou-se notavelmente elástica. O Secretário-Geral, por exemplo, argumentou que as mulheres em situações de conflito têm direito ao aborto, mesmo que o aborto vá contra às leis do país.

Há muito pouca dúvida de que um fluxo de receita independente, um imposto global, significará uma expansão rápida da ajuda humanitária, mas não em defesa radical, especialmente na área da política homossexual.

A Assembleia Geral tem consistentemente e de forma esmagadora rejeitado a inclusão de “orientação sexual e identidade de gênero” em documentos da ONU e, portanto, em parte das novas normas internacionais. A burocracia, liderada pelo secretário-geral, porém, está executando uma campanha global para impor esta concepção  na ONU e no mundo. O último que precisamos é que eles tenham seu próprio dinheiro, sem prestar contas para ninguém, somente a si mesmos, para executar a agenda antivida e antifamília.

O mais chocante é que não existe um Estado Membro da ONU que seja tão forte quanto a Agência ONU. Nem sequer os Estados Unidos, por exemplo, podem revirar o Fundo da População da ONU, de US$ 1 bilhão, à sua vontade. Ainda que os Estados Unidos possam basicamente nomear o chefe da UNICEF, os Estados Unidos tem pouco poder para combater o crescente radicalismo da UNICEF.

Um fluxo de receita independente será um desastre para as famílias do mundo todo. Os governos estão advertidos, o pouco poder que eles tem será drenado pelo imposto global. Esta questão será discutida na próxima Cúpula Mundial de Ajuda Humanitária em Istambul neste maio. As propostas deverão ser interrompidas lá, quando chegue a hora.