Imposto Global e LGBT: Candidatos Tropeçam em Entrevistas de Emprego para Superior na ONU

By Wendy Wright | April 25, 2016

NOVA YORK, 22 de abril (C-Fam) Pela primeira vez, países entrevistaram publicamente a candidatos para o cargo de Secretário-Geral da ONU na semana passada – e forneceram um olhar sobre as frustrações dos governos com má gestão e com os escândalos da ONU.

O questionamento diplomático de nove candidatos para o cargo mais alto revela questões preocupantes – como o apoio para um imposto global – e mal-entendidos como quando a posição de Secretário-Geral é um posto para um ativista e não para um administrador.

António Guterres brincou com ideias para um imposto global durante o exame. O ex-chefe da agência de refugiados da ONU disse que a ONU e as organizações financeiras internacionais precisam encontrar formas para os esforços humanitários serem “financiados por fontes de financiamento globais”, tais como taxas sobre os bilhetes de passagens aéreas e taxas sobre transações financeiras.

Esta “será uma das minhas principais preocupações, uma das minhas principais defesas, e isto é algo que tenho trabalhado muito fortemente”, disse Guterres.

Os críticos, no entanto, advertem que um imposto global iria libertar a ONU da prestação de contas.

Uma questão, colocada por um grupo a favor do aborto, foi dada a Helen Clark, chefe da Agência de Desenvolvimento da ONU. A pergunta era sobre o que ela faria em relação aos direitos das mulheres, e se uma resolução de família “restritiva” seria aprovada pelo Conselho de Direitos Humanos.

A resolução recomenda aos países a adotarem políticas favoráveis à família.

Isto “faz alusão a um tipo de regresso ou a um não avanço em questões críticas para as mulheres”, disse Clark, usando pontos de discussão que se referem ao aborto e aos direitos sexuais.

“Durante toda a minha vida eu me dediquei quebrar barreiras e preconceitos. E estes são enormes, enormes problemas para mim”, ela prometeu.

A igualdade de gênero – número igual de mulheres e homens – em postos de trabalho da ONU estava no topo da lista de promessas dos candidatos. O problema não é a falta de qualidade de mulheres, e sim que “ninguém está olhando para pessoas muito capazes”, disse Vesna Pusic da Croácia.

“Você mencionou sexo, mas não a orientação sexual,” disse o Canadá. “Podemos contar com você para defender a Declaração da ONU sobre Direitos Humanos, mesmo quando isto significa deixar os Estados-membros desconfortáveis?”

A Declaração não menciona orientação sexual.

Lésbicas, gays, bissexuais e transexuais (LGBT) “precisam ser protegidos” respondeu Pusic, porque “os direitos humanos têm a ver com a identidade de uma pessoa, e este é o ponto onde termina o Estado e começa a autonomia do indivíduo”.

Como ministro das Relações Exteriores de um governo que ameaçava seus cidadãos que apoiavam o casamento tradicional, Pusic participou do Núcleo LGBT da ONU em 2013 e pediu pelos direitos LGBT que definiu como “o garoto propaganda para os direitos humanos universais.”

A ONU tem uma má reputação, disse a Hungria e Ilhas do Caribe. Mas Irina Bokova diferiu quando perguntada sobre a corrupção institucional e a má gestão entre as agências da ONU. A chefe da UNESCO, uma agência tão atormentada por fraude e escândalos que foi abandonada pelos EUA duas vezes, disse que a ONU tem um “sistema seguro através dos serviços de supervisão interna” e que “os denunciantes têm provado que isto funciona.”

No entanto, os EUA sinalizaram um desespero absoluto com crimes implacáveis, impunidade dos agressores e péssima atuação em casos de denúncia, perguntando a cada candidato, “Como as forças de paz podem ser responsabilizadas de abusar sexualmente daquelas pessoas as quais que deveriam proteger?”

Embora muitas vezes confundida, sendo considerada quase o mesmo que ¨presidente do mundo¨, a Carta das Nações Unidas diz que o secretário-geral é o “funcionário administrativo”, que desempenha as funções confiadas pela Assembleia-geral, pelo Conselho de Segurança e outros órgãos das Nações Unidas.

No final, cinco países têm o poder de veto para decidir quem ficará com o posto: os EUA, Reino Unido, Rússia, França e China.

O novo secretário-geral tomará posse no dia 01 de janeiro de 2017.