Países Criticam os Selos LGBT

By Stefano Gennarini, J.D. | February 29, 2016

NOVA YORK, 26 de fevereiro (C-Fam) O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, parece ignorar e, as vezes, rejeitar as preocupações sobre a ONU estar promovendo a homossexualidade através dos selos postais explícitos da ONU, ao sinalizar que os selos não serão retirados como alguns Estados-membros têm exigido.

No início deste mês os países presenciaram, impotentes, os burocratas da ONU apresentarem  uma série de selos postais da ONU que retratam a homossexualidade, transexualidade e adoção homoparental na sede da ONU com grande alarde e muitos gastos em uma cerimônia excêntrica que contou com 33 homens do coral gay cantando canções de amor e apresentando músicas em um cenário de dançarinos nus e deuses gregos.

Delegações de pelo menos 86 países tentaram impedir o lançamento dos selos na véspera do evento. Cartas que apresentavam objeções ao selos foram enviadas para Ban Ki-moon em 3 de fevereiro e não obtiveram respostas em duas semanas.

Como era de se esperar, o secretário-geral, um feroz defensor de aceitação social da homossexualidade, negou qualquer acusação de irregularidade e exagero, e definiu a introdução dos selos como algo que está “em conformidade com o mandato” da Administração Postal das Nações Unidas.

O secretário-geral não respondeu pessoalmente às acusações, usando um subordinado para isto, uma decisão que pode ser interpretada como condescendência e desrespeito aos embaixadores que enviaram as cartas.

Yukio Takasu, sub-secretário-geral da Administração, enviou uma carta aos embaixadores da Bielorrússia, Egito e Catar, que representavam os 24 Estados-membros do Grupo de Amigos da Família. Os embaixadores visitaram Takasu ao lado de representantes das Organizações de Cooperação Islâmica e do Grupo Africano no dia 9 de fevereiro, depois de uma semana sem uma resposta de Ban Ki-moon.

Takas explica que os selos são uma espécie de comemoração da campanha Livres e Iguais da burocracia da ONU, que promove como direitos humanos as operações de sodomia e de mudança de sexo, algo descrito na carta como uma “campanha de educação pública para combater a homofobia e transfobia.”

A tarefa da Administração Postal das Nações Unidas é produzir selos que divulguem o trabalho da ONU e, portanto, de acordo com a carta, o evento foi estava em “total conformidade” com as normas das Nações Unidas e com suas instruções administrativas.

Existe um precedente de que um desenho de selo da ONU, aprovado pela agência da ONU para educação científica, foi rejeitado no prazo de 48 horas após objeções políticas dos Estados-membros da ONU.

Mesmo admitindo que os selos LGBT podem se inadequados, a carta descarta a possibilidade de retirá-los.

“Apesar disto, não seria possível retirar os selos. Tendo em vista a gravidade das suas preocupações, estamos aproveitando esta oportunidade para rever os procedimentos internos que regem a emissão de selos das Nações Unidas,” concluiu a carta.

O confronto sobre a aceitação social da homossexualidade e o estabelecimento de proteções especiais para os indivíduos que se identificam como LGBT não se limita a sede da ONU.

Nos últimos anos, um número crescente de países proibiu a “propaganda homossexual” que iguala as relações homossexuais ao matrimonio, bem como a possibilidade de que pessoas do mesmo sexo se casem, inclusive na Europa. Nas últimas duas semanas na Indonésia, Malásia e Singapura tem havido fortes apelos para que a ONU e outros organismos deixem de promover a homossexualidade.

Apesar destas tensões se expandirem globalmente, o secretário-geral das Nações Unidas prometeu continuar promovendo a aceitação social da homossexualidade. Setenta e seis países proíbem a sodomia explicitamente em suas leis, e nenhum tratado da ONU inclui direitos LGBT ou protege a conduta homossexual explícita ou implicitamente.