ONU Muda e Exalta a Família — Mas Alguns Querem Redefini-la

By Wendy Wright | December 12, 2014

NOVA IORQUE, EUA, 12 de dezembro (C-Fam) Depois de décadas de resistir até mesmo mencionar a palavra, governos e ativistas exaltaram a “família” em duas sessões especiais na ONU na semana passada.

Este ano marca o aniversário de 20 anos do Ano Internacional da Família. Ativistas pró-família temiam que a data passaria sem ser notada, uma vítima da guerra cultural. Alguns na ONU retratam a família como uma desvantagem, prejudicando as mulheres e crianças e dependente de governos. Por isso, os ativistas fizeram o trabalho de educar os diplomatas.

Conforme ocorreu, durante este aniversário, os países estão também negociando novas metas de desenvolvimento para vigorarem depois de 2015. Com o passar dos meses, alguns diplomatas viram o papel indispensável que a família desempenha em ajudar os pobres e ricos igualmente e que a família é o melhor meio de continuar a civilização.

Na semana passada, uma pequena mudança apareceu. Uma sessão especial da Assembleia Geral enalteceu a família na quarta-feira.

A família forma a espinha dorsal das sociedades fortes, fornece redes de segurança social e capacita as mulheres de um modo que ajuda os países a se desenvolver, declarou a Indonésia.

A família é um “ativo intangível,” comentou a Santa Sé. Seus benefícios são inestimáveis e transcendem medição, do cuidado dos vulneráveis e da próxima geração à construção de comunidades pacíficas. Entre todas as opções, uma família estável tem os custos mais baixos para indivíduos e estados.

No começo deste ano, alguns países se opuseram a uma medida para honrar a família no Conselho de Direitos Humanos em Genebra. Eles retrataram as famílias como exclusivamente violentas e discriminatórias contra as mulheres, crianças e deficientes.

Na semana passada na sessão especial eles tiveram uma opinião mais bondosa.

“O desenvolvimento social em todo o mundo” requer famílias fortes e estáveis, disseram os EUA.

A UE apoia o fortalecimento do papel das famílias, ela declarou, embora deva refletir a diversidade das formas de família, um termo oblíquo que inclui grupos homossexuais ou qualquer agrupamento de pessoas.

Isso foi recebido com pedidos para se acabar com o “papel absoluto do homem como centro de tudo,” a campanha implacável para introduzir o homossexualismo em todas as áreas.

“Isso pode parecer duro,” disse a Bielorússia, “mas como alguém vindo de um país que enfrentou vastas experiências e engenharia social,” deve-se lidar com os desafios com os quais as famílias se defrontam.

A escolha é entre destruir os alicerces da família por amor às construções sociais artificiais, ou defender a família natural bem como a maternidade e paternidade como atributos inalienáveis de cada pessoa.

“As fronteiras nacionais não são uma defesa contra o relativismo,” ele alertou.

“Nossa ação ou inação sobre a família na ONU será uma das raras ocasiões em que o mundo estará de fato observando.”

Na sexta-feira, legisladores ligados à Rede Política de Valores apresentaram políticas numa Cúpula Transatlântica sobre “Fortalecendo a Família para o Desenvolvimento Sustentável.” Distancie-se da tendência de “políticas que reduzem a importância da família,” disse Zoltan Balog, ministro de recursos da Hungria, salientando que não dá para haver desenvolvimento de longo prazo sem famílias ou crianças.

A Hungria introduziu uma dedução de imposto de renda para casais recém-casados, pois o matrimônio cuida das crianças e aumenta a qualidade e duração da vida.

Uma visão do século XXI da economia é reorientada em torno da família e prioriza relacionamentos, disse Jeff Fortenberry. Baixe os impostos sobre pais e dependentes, faça o governo prestar contas e ser econômico e aumente a sociedade civil para impulsionar a comunidade — pois “pequeno é grande,” disse o congressista dos EUA.

A maioria das mulheres quer casamento e família. Contudo, os elaboradores de políticas públicas tratam a família como um obstáculo para as mulheres. “Cuidar de pessoas é a coisa mais importante da vida,” disse a advogada Helen Alvare, e qualquer sistema que afirme priorizar as pessoas precisa privilegiar a família.

Tradução: Julio Severo